A Bahia atingiu a triste marca de 97 feminicídios registrados entre 1º de janeiro e 8 de dezembro de 2025. Os dados, divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), revelam que a violência motivada pela condição de gênero continua disseminada por todo o estado.
Ranking da Violência A capital, Salvador, lidera as estatísticas com 10 casos confirmados. O interior do estado, no entanto, apresenta números alarmantes: Feira de Santana aparece em segundo lugar, com cinco ocorrências, seguida por Camaçari, na Região Metropolitana, com quatro.
Perfil das Vítimas O levantamento traça um perfil claro da vulnerabilidade:
- Raça: A maioria esmagadora das vítimas são mulheres negras (soma de pretas e pardas). Mulheres pardas representam 61,86% dos casos, e pretas, 14,46%. Mulheres brancas somam 4,12% e indígenas, 1,03%.
- Idade: A violência é mais letal na faixa dos 30 aos 44 anos. O grupo de 30 a 34 anos lidera (16,5%), seguido pelas faixas de 35-39 e 40-44 anos (ambas com 15,5%).
Repercussão Nacional Um dos casos que compõem essa estatística e gerou revolta nacional ocorreu em Luís Eduardo Magalhães, no dia 6 de dezembro. Rhianna Alves, uma mulher trans de 18 anos, foi morta pelo motorista por aplicativo Sérgio Henrique Lima dos Santos. O suspeito levou o corpo da vítima até a delegacia e, alegando legítima defesa, foi inicialmente liberado, sendo preso apenas quatro dias depois.
Redação











