A cultura baiana perdeu um de seus grandes parceiros internacionais. O grupo Olodum, a banda Ara Ketu e o Esporte Clube Bahia manifestaram profundo pesar pela morte da lenda do reggae, Jimmy Cliff, aos 81 anos, ocorrida nesta segunda-feira (24).
De acordo com comunicado divulgado nas redes sociais por Latifa, esposa do cantor, o artista jamaicano sofreu uma convulsão seguida de pneumonia.
Uma Relação de Amor com a Bahia
Jimmy Cliff mantinha laços estreitos com a Bahia. Além de ter uma filha soteropolitana — a cantora e atriz Nabiyah Be —, o músico construiu pontes culturais sólidas nas décadas de 80 e 90.
Um dos marcos dessa relação foi a turnê conjunta com Gilberto Gil nos anos 1980, que lotou estádios em cinco capitais brasileiras. Em Salvador, o show histórico ocorreu na Concha Acústica do Teatro Castro Alves.
Homenagens e Legado Musical
As entidades baianas destacaram a importância de Cliff para a música afro-diaspórica e lembraram as parcerias que marcaram época:
- Olodum: Nos anos 90, gravaram juntos os sucessos “Reggae Odoya” e “Woman No Cry”. Em nota, o grupo afirmou: “Jimmy Cliff deixou um legado de diálogo entre povos, defesa da paz, valorização das raízes e afirmação cultural”.
- Ara Ketu: A colaboração na música “Samba Reggae”, em 1992, foi fundamental para a primeira projeção internacional da banda baiana. “Recebemos com tristeza sua partida, mas seu legado vive em cada tambor, em cada voz, em cada ponte que une Jamaica e Bahia”, declarou o grupo.
- Esporte Clube Bahia: O cantor era frequentemente visto vestindo a camisa do Tricolor em suas passagens pela cidade. O clube emitiu nota lamentando a morte do “jamaicano-tricolor”: “O Esquadrão lamenta o falecimento […] de um dos maiores reggaemans da história, que abraçou nosso clube após inúmeras vindas a Salvador”.
Redação









