Crianças pequenas e idosos são os mais afetados; vacinação é a principal recomendação da Fiocruz
O Brasil vive um cenário de alerta com o avanço da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em grande parte do território nacional. Segundo o novo boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (19), 18 das 27 unidades da federação apresentam nível de alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento no número de casos graves.
O levantamento destaca que o aumento das internações atinge principalmente crianças pequenas, com forte associação ao vírus sincicial respiratório (VSR). Idosos também estão entre os grupos mais vulneráveis, concentrando a maior parte dos casos de hospitalizações e mortes.
Panorama nacional da SRAG
De acordo com a Fiocruz, além do aumento de casos, 14 capitais brasileiras também registram nível de alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento nos casos de SRAG nas últimas semanas. Entre as capitais que preocupam estão Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Manaus (AM), entre outras.
Os estados com maior incidência de SRAG em nível de risco ou alto risco, e com tendência de alta, incluem Amazonas, Bahia, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, Sergipe, além de Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, São Paulo e Tocantins, que começam a apresentar sinal de queda, mas ainda com índices elevados.
Vírus em circulação
Entre os casos positivos de SRAG confirmados laboratorialmente em 2025, o vírus influenza A é o principal causador de hospitalizações em jovens, adultos e idosos, responsável por 39,2% das internações nas últimas semanas. Em seguida, aparece o vírus sincicial respiratório, com 45% dos casos. O rinovírus representa 17,7%, enquanto a Covid-19 (Sars-CoV-2) responde por 1,6%.
Entre os óbitos por SRAG, a predominância também é da influenza A, com 74,6% das mortes registradas, seguida pelo VSR (13%), rinovírus (9,7%) e Covid-19 (4,2%).
Vacinação é fundamental
A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, reforça a importância da vacinação, especialmente para os grupos de risco, como crianças, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades.
“É fundamental que as pessoas estejam em dia com a vacinação, principalmente as que fazem parte dos grupos mais vulneráveis, para reduzir o risco de agravamento da doença e internações”, alerta Tatiana.
Cenário de internações
Em números gerais, mais de 103 mil casos de SRAG já foram notificados no Brasil em 2025, sendo que 51,3% deles tiveram resultado positivo para algum vírus respiratório.
A Fiocruz alerta que, apesar de alguns estados começarem a apresentar sinais de queda nas internações, o cenário ainda é de preocupação nacional, com destaque para a necessidade de manutenção das medidas de prevenção e o incentivo à vacinação.
Para mais informações, os boletins completos estão disponíveis no site oficial do InfoGripe/Fiocruz.
Fonte: Redação com informações Brasil 61