Pelo menos 34 pessoas, entre elas crianças, morreram na noite de sábado (20) em novos ataques israelenses na Cidade de Gaza, segundo autoridades de saúde locais. A maioria dos corpos foi levada ao Hospital Shifa, onde médicos relataram que um enfermeiro, sua esposa e três filhos estão entre os mortos.
A ofensiva ocorre em meio à grave crise humanitária na Faixa de Gaza, marcada por fome, deslocamentos forçados e destruição. Segundo dados locais, em quase dois anos de guerra, mais de 65 mil palestinos foram mortos e 90% da população foi expulsa de suas casas.
ONU deve discutir reconhecimento do Estado Palestino
Os bombardeios acontecem às vésperas da Assembleia Geral da ONU, marcada para esta segunda-feira (22), quando países como Reino Unido, França, Canadá, Austrália, Bélgica, Luxemburgo, Malta e Portugal devem anunciar o reconhecimento oficial de um Estado Palestino.
A iniciativa também recebeu apoio de um grupo formado por 60 organizações judaicas e árabes em Israel, que pedem o fim da guerra e a busca por uma solução diplomática.
Israel nega ataques a civis e mantém ordens de evacuação
Israel afirma ter matado Majed Abu Selmiya, suposto atirador do Hamas. O irmão dele, Mohamed Abu Selmiya, diretor do Hospital Shifa, negou as acusações e disse que o governo israelense tenta justificar ataques contra civis.
Enquanto isso, ordens de evacuação continuam sendo emitidas para a Cidade de Gaza, mas organizações humanitárias alertam que o deslocamento forçado agrava ainda mais a crise, dificultando o acesso a alimentos, água e atendimento médico.
Redação