Encontro foi convocado após anúncio do governo Trump; empresas como Apple, Google, Meta e Visa participaram
O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, se reuniu nesta segunda-feira (21), no Palácio do Planalto, com representantes de grandes empresas de tecnologia (big techs) para discutir o impacto da tarifa de 50% que os Estados Unidos pretendem impor às importações brasileiras a partir de 1º de agosto.
O encontro, incluído de última hora na agenda oficial, foi convocado pela comissão interministerial coordenada por Alckmin, que tem mantido diálogo com setores da economia afetados pela medida. O presidente em exercício não falou com a imprensa após a reunião.
Participantes
Segundo a Vice-Presidência da República, participaram da reunião representantes das seguintes empresas e entidades:
- Visa: Nuno Lopes Alves (diretor-geral) e Gustavo Lage Noman (vice-presidente de Assuntos Governamentais)
- Apple: Márcia Miya (gerente de relações governamentais)
- Expedia: Gustavo Dias (head jurídico e de Relações Institucionais na América Latina)
- Meta: Yana Dumaresq (diretora de Políticas Públicas)
- Google: Daniel Arbix (diretor jurídico)
- Câmara Brasileira da Economia Digital: Igor Luna (consultor jurídico)
Também estiveram presentes representantes dos Ministérios das Relações Exteriores, da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e da Vice-Presidência, órgãos que integram o comitê interministerial criado para tratar da questão.
Contexto
A reunião foi motivada pela recente decisão do governo de Donald Trump, que anunciou a abertura de uma investigação comercial contra o Brasil, alegando práticas desleais. Entre os motivos citados estão:
- Suposta corrupção no país
- Desmatamento
- Restrições à atuação das big techs no Brasil
- Supostos impactos negativos do Pix sobre empresas financeiras norte-americanas
A tarifa de 50% sobre produtos brasileiros representa um risco significativo às exportações nacionais e à relação comercial entre os dois países.
O governo brasileiro articula medidas para reverter ou mitigar os impactos do chamado “tarifaço” e deve continuar promovendo reuniões com diferentes setores econômicos nos próximos dias.
Fonte: Redação com informações da Agência Brasil