O Banco Central (BC) divulgou nesta terça-feira (30) os resultados fiscais referentes a novembro de 2025. O balanço mostra que as contas públicas seguem pressionadas. No acumulado de 12 meses, o déficit primário (receitas menos despesas, sem contar juros) subiu para R$ 45,5 bilhões, o equivalente a 0,36% do PIB.
Para efeito de comparação, até outubro, esse rombo era menor: R$ 37,7 bilhões (0,30% do PIB).
O Resultado de Novembro (Detelhado)
O resultado do mês foi deficitário devido ao desempenho negativo do governo federal e das empresas estatais, que não foi compensado pela economia feita pelos governos regionais.
Esfera
Resultado em Novembro
Situação
Governo Central
– R$ 16,9 bilhões
Déficit
Empresas Estatais
– R$ 2,9 bilhões
Déficit
Governos Regionais (Estados/Municípios)
+ R$ 5,3 bilhões
Superávit
O Peso dos Juros e o Rombo Nominal
Quando se coloca na conta o pagamento dos juros da dívida pública, o cenário se agrava consideravelmente. Esse é o chamado Resultado Nominal.
A Conta dos Juros: Somente em novembro, o setor público pagou R$ 87,2 bilhões em juros. No acumulado de 12 meses, essa conta chega a impressionantes R$ 981,9 bilhões (7,77% do PIB).
O Déficit Nominal: Somando o resultado primário com a conta de juros, o Brasil teve um déficit nominal de R$ 101,6 bilhões apenas em novembro.
Em 12 meses, o rombo nominal ultrapassa a casa do trilhão: R$ 1.027,4 bilhão (8,13% do PIB).
Entenda a Diferença nos Números
Você pode ter notado que o Tesouro Nacional divulgou um déficit de R$ 20,2 bilhões para o Governo Central na segunda-feira (29), enquanto o BC aponta R$ 16,9 bilhões hoje.
Motivo: As instituições usam metodologias diferentes. O Tesouro olha o fluxo de caixa (o que entrou e saiu efetivamente), enquanto o BC mede pela variação da dívida. Ambas as estatísticas são oficiais e complementares.
Redação com informações da Agência Brasil











