O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou um pacote de medidas que promete revolucionar o acesso e a manutenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Brasil. A principal novidade é a proposta de permitir a renovação automática do documento para motoristas considerados “bons condutores”.
A mudança tem como alvo beneficiar aqueles que não acumulam pontos na carteira e mantêm um histórico de segurança no trânsito.
“O condutor que não sofrer pontos, que garantir uma presença no trânsito segura para ele, para outros veículos e para pedestres vai ter facilidade para renovar, em alguns casos, inclusive, com renovação automática da carteira”, afirmou o ministro em entrevista ao Jornal da CBN.
Fim da Obrigatoriedade da Autoescola
A declaração do ministro ocorre em sintonia com a recente aprovação, pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de uma resolução que acaba com a obrigatoriedade de aulas em autoescolas para quem deseja tirar a CNH. A medida faz parte de um esforço governamental para simplificar o processo e reduzir os custos para o cidadão.
Renan Filho também defendeu a modernização dos exames práticos, propondo a utilização de carros automáticos. Segundo ele, isso pode baratear e reduzir a complexidade da formação, embora exija uma transição para que instrutores e centros de formação adaptem suas frotas.
O Que Muda para Tirar a CNH?
As novas diretrizes alteram profundamente o modelo atual de formação de condutores:
- Curso Teórico Gratuito: Passa a ser digital e oferecido gratuitamente no site do Ministério dos Transportes.
- Flexibilidade na Prática: A formação prática poderá ser feita em autoescolas, mas também com instrutores pessoais credenciados diretamente pelos Detrans.
- Redução de Carga Horária: A exigência de aulas práticas cai drasticamente de 20 para apenas 2 horas.
- Início Digital: Todo o processo de habilitação poderá ser iniciado online, pelo site do Ministério ou pelo aplicativo da Carteira Digital de Trânsito (CDT).
O ministro afirmou estar preparado para defender as mudanças no Congresso e na Justiça, argumentando que a CNH no Brasil se tornou excessivamente cara e burocrática. “Há uma ampla maioria que apoia o projeto”, destacou.
Redação










