Uma megaoperação deflagrada na manhã desta terça-feira (25) mira um grupo criminoso especializado no chamado “golpe do presente”, suspeito de ter movimentado cerca de R$ 14 milhões em fraudes bancárias. A ação policial concentra-se nas cidades paulistas de São Bernardo do Campo, Diadema e na capital São Paulo.
A ofensiva visa desmantelar a estrutura financeira e logística da quadrilha, cumprindo um total de 41 mandados de prisão, 90 de busca e apreensão e realizando o bloqueio de 41 contas bancárias.
Vítimas em Diversos Estados
A investigação, liderada pela Polícia Civil do Paraná (PCPR), identificou que o esquema fez pelo menos 270 vítimas espalhadas por cinco estados brasileiros: Bahia, Paraná, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
A Engenharia Social do Golpe
O modus operandi dos criminosos envolvia engenharia social e manipulação psicológica. O delegado Emmanoel David explicou que o alvo preferencial eram pessoas que estavam fazendo aniversário.
“Os criminosos procuravam vítimas que estavam fazendo aniversário e se passavam por floriculturas ou lojas de chocolate. Alegavam que precisavam entregar à vítima um presente e que iriam cobrar uma taxa referente ao motoboy”, detalhou o delegado.
Tecnologia a Serviço do Crime
O prejuízo financeiro ocorria no momento da entrega. O suposto entregador orientava a vítima a pagar a taxa de entrega com cartão. No entanto, o equipamento utilizado não era convencional:
- Software Malicioso: As máquinas eram adulteradas para simular erros de transação enquanto, em segundo plano, capturavam os dados do cartão e a senha da vítima.
- Troca de Cartão: Em outras situações, aproveitando a distração da vítima, os golpistas trocavam o cartão verdadeiro por outro do mesmo banco ou passavam valores muito superiores ao combinado.
Lavagem de Dinheiro
Para dificultar o trabalho das autoridades e o bloqueio pelos bancos, o dinheiro roubado não permanecia nas contas iniciais. Os valores eram rapidamente pulverizados para diversas contas de “laranjas”, uma tática comum para ocultar a origem ilícita e impedir o rastreamento financeiro.
Redação











