O Ministério da Saúde, em parceria com a Advocacia-Geral da União (AGU), está preparando quatro medidas para combater médicos que promovem conteúdo considerado antivacina e lucram com a venda de cursos e tratamentos sem evidências científicas.
O ministro Alexandre Padilha afirmou ao Estadão que o foco principal das ações é a divulgação da chamada “síndrome pós-spike”, uma teoria que associa, falsamente, as vacinas de $\text{mRNA}$ a efeitos adversos prolongados.
⚖️ Medidas Contra Médicos
As ações coordenadas pelo Governo Federal visam cessar a prática de desinformação e responsabilizar os profissionais envolvidos:
- Representação nos Conselhos de Medicina: Serão protocoladas representações nos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) para que sejam tomadas medidas disciplinares.
- Ações Civil e Criminal: Serão iniciadas ações na esfera civil e criminal contra os médicos envolvidos na disseminação de conteúdo enganoso.
- Remoção de Conteúdo: Será solicitado às plataformas digitais o recolhimento imediato dos conteúdos que promovam a desinformação.
O Estadão Verifica identificou que médicos com mais de 1,6 milhão de seguidores nas redes sociais alegam ter encontrado intoxicação causada por vacinas de $\text{mRNA}$ e oferecem cursos de até R$ 685 e consultas de até R$ 3,2 mil com base em um protocolo sem comprovação. A “spikeopatia”, termo sugerido por eles, não é reconhecida pela comunidade científica e se baseia em um estudo que foi posteriormente retirado por falhas graves.
🔬 Investimento em Tecnologia de mRNA
Paralelamente às medidas judiciais, o ministro Padilha anunciou um investimento de R$ 150 milhões na criação de duas plataformas nacionais de pesquisa e produção de vacinas de $\text{mRNA}$. As plataformas serão instaladas na Fiocruz e no Butantan.
Segundo o ministro, essa tecnologia é crucial e estratégica para que o Brasil possa garantir uma resposta rápida em novas emergências sanitárias, permitindo a adaptação e produção ágil de imunizantes contra variantes emergentes.
Redação











