Um total de 43 países e a União Europeia aprovaram a Declaração de Belém sobre Fome, Pobreza e Ação Climática Centrada nas Pessoas. O documento, um marco no debate climático global, visa redirecionar as políticas internacionais, colocando as populações mais vulneráveis no cerne da resposta à crise climática.
A informação, divulgada pela Agência Brasil, é resultado da Cúpula do Clima que se encerrou nesta sexta-feira (7) na capital paraense. O evento reuniu líderes mundiais e funcionou como um preparatório para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada também em Belém, de 10 a 21 de novembro.
Foco na Vulnerabilidade e Proteção Social
A Declaração de Belém propõe uma mudança de paradigma na forma como a comunidade internacional lida com a emergência climática. O texto reconhece que, embora as mudanças climáticas sejam um fenômeno global, seus impactos são sentidos de forma desproporcional pelas populações mais pobres e vulneráveis.
O documento aponta uma falha crítica nos sistemas atuais:
“Quase metade da população mundial não tem acesso à proteção social, e muitos dos excluídos estão justamente entre os mais expostos aos impactos das mudanças climáticas. Os sistemas de proteção social são mais frágeis justamente onde deveriam ser mais robustos: nas comunidades afetadas pela pobreza, fome e alta vulnerabilidade climática”, afirma um trecho da declaração.
O principal objetivo do documento é atualizar e reforçar os compromissos multilaterais para garantir que o combate à fome e à pobreza sejam integrados de forma eficaz e urgente às estratégias globais de mitigação e adaptação climática.
Redação










