O prejuízo médio das vítimas de golpes digitais no Brasil chegou a R$ 2.540 em 2025, um aumento de 21% em relação ao ano anterior, segundo a terceira edição da pesquisa Golpes com Pix, realizada pela empresa de inteligência antifraude Silverguard. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (27).
Idosos são os principais alvos
A pesquisa revela que pessoas com 60 anos ou mais representam 30,8% dos casos e são as mais prejudicadas financeiramente, com perdas médias de R$ 4.820 — cinco vezes mais que o prejuízo entre jovens de 18 a 24 anos, que é de R$ 964.
O golpe do pedido de dinheiro, em que criminosos se passam por filhos ou parentes em aplicativos de mensagem, usando números e fotos clonados, continua sendo o mais comum entre os idosos, representando 21% das ocorrências.
Dinheiro vai para empresas
Uma mudança significativa apontada pela pesquisa é o destino dos valores roubados. Em 2025, 65% do dinheiro foi transferido para contas de empresas (PJ) — principalmente sociedades limitadas (Ltda) — contra 42% no ano anterior. Para a Silverguard, isso indica uma “profissionalização do crime digital”, com uso de estruturas empresariais para dificultar bloqueios e investigações.
Tipos de fraude mais comuns
Entre os golpes mais frequentes, destacam-se:
- Compras falsas em perfis e lojas inexistentes: 42,9%
- Falsas oportunidades de emprego e renda extra: 12,5%
- Promessas de investimento ou multiplicação de dinheiro: 12,2%
Embora representem apenas 1,8% das ocorrências, os golpes por ligação telefônica causam o maior prejuízo médio, de R$ 6.200 por vítima. Em um terço desses casos, os criminosos utilizam spoofing, técnica que simula números conhecidos para enganar o usuário.
Redação











