Inflação acumulada em 12 meses chega a 5,32%; energia elétrica foi o principal impacto no mês, enquanto alimentação e transportes registraram queda
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, subiu 0,48% em setembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado de 12 meses, o indicador atingiu 5,32%, após avanço de 3,76% no trimestre.
O resultado foi influenciado principalmente pelo grupo Habitação (3,31%), com destaque para a energia elétrica residencial, impactada pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu nas contas de luz.
Variações por grupo de produtos e serviços
- Habitação (3,31%): energia elétrica foi o principal impacto.
- Vestuário (0,97%): altas em roupas femininas, calçados e acessórios.
- Saúde e cuidados pessoais (0,36%): influenciado pelos planos de saúde.
- Despesas pessoais (0,20%) e Educação (0,03%): também registraram elevação.
- Alimentação e bebidas (-0,35%): quarta queda seguida, com recuo nos preços do tomate, cebola, arroz e café moído.
- Transportes (-0,25%): redução puxada pelo seguro voluntário de veículos, passagens aéreas e combustíveis.
- Artigos de residência (-0,16%) e Comunicação (-0,08%): variações negativas.
Diferenças regionais
Todas as 11 áreas pesquisadas tiveram alta em setembro.
- Recife registrou a maior variação (0,80%), impulsionada pela alta da energia elétrica e da gasolina.
- Goiânia apresentou o menor resultado (0,10%), refletindo a queda nos preços da gasolina e do tomate.
Outros destaques:
- São Paulo (0,60%)
- Curitiba (0,55%)
- Rio de Janeiro (0,55%)
- Belo Horizonte (0,25%)
- Salvador (0,32%)
- Porto Alegre (0,35%)
Com o resultado, o IPCA-15 mantém tendência de pressão em alguns setores, especialmente ligados à energia e serviços, enquanto alimentos e transportes ajudam a conter o avanço da inflação no período.
📊 Fonte: IBGE / Brasil 61