Durante todo o mês de setembro, o Hospital Inácia Pinto dos Santos – Hospital da Mulher – e o Centro Municipal de Prevenção ao Câncer (CMPC) Romilda Maltez, em Feira de Santana, realizam atividades voltadas à campanha Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio.
A mobilização, realizada nacionalmente desde 2015, busca conscientizar a população sobre a importância da saúde mental, romper tabus em torno do suicídio e incentivar o diálogo como forma de prevenção.
Por meio da Fundação Hospitalar, a Prefeitura promove ações nas unidades sob sua gestão — Hospital da Mulher, CMPC e Ambulatório de Saúde da Mulher — alertando a comunidade sobre os fatores de risco e formas de prevenção.
Segundo a presidente da Fundação Hospitalar, Gilberte Lucas, o foco é levar informação e acolhimento.
“Aqui no Hospital da Mulher realizamos mais de 700 partos por mês. Algumas puérperas enfrentam depressão pós-parto, e por isso oferecemos acompanhamento psicológico e psiquiátrico, com um olhar atento e cuidadoso”, destacou.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que mais de 700 mil pessoas se suicidam por ano no mundo. No Brasil, são cerca de 14 mil mortes anuais. Na Bahia, a taxa de mortalidade por suicídio é de 6 óbitos a cada mil habitantes.
Ações no Hospital da Mulher
No Hospital da Mulher, as atividades incluem:
- Mural de ideias no Banco de Leite Humano, com mensagens de estímulo à vida acessíveis via QR Code;
- Ações lúdicas e distribuição de material educativo nas enfermarias, Banco de Leite e Casa da Puérpera.
Mobilização no CMPC
No Centro Municipal de Prevenção ao Câncer Romilda Maltez, a programação conta com rodas de conversa e palestras para pacientes oncológicos e acompanhantes. Os temas incluem:
- Prevenção e cuidado com a saúde mental e ansiedade;
- Os impactos da ansiedade e a importância do pedido de ajuda, com participação das assistentes sociais Renata Silva dos Santos e da psicóloga Stefane Beatriz Barbosa dos Santos.
A coordenadora do CMPC, Kênia Lasse, destacou o papel da unidade:
“O CMPC conta com psicólogos, psiquiatra e equipe de serviço social. É um local apropriado para orientar, tirar dúvidas e acolher pessoas que vivenciam pensamentos suicidas. Nosso foco é o cuidado integral”.
Em 2024, o CMPC registrou 335 novos casos de câncer, com aumento de 28% em relação ao ano anterior. Além do tratamento oncológico, a unidade oferece suporte psicológico e social.
“Falar sobre suicídio é fundamental para combater tabus e oferecer ajuda real. A partir do momento em que conseguimos identificar essas pessoas, podemos ajudá-las de forma efetiva”, completou Kênia.
Redação
