IPCA acumula alta de 5,23% em 12 meses; alimentos seguem em queda e ajudam a conter avanço dos preços
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,26% em julho de 2025, ligeiramente acima do resultado de junho (0,24%). No acumulado de 12 meses, a inflação desacelerou para 5,23%, frente aos 5,35% do mês anterior, mas ainda acima do centro da meta definida pelo Banco Central, de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual.
O resultado surpreendeu o mercado financeiro, que projetava avanço de 0,37% para o período, segundo levantamento de analistas. Apesar da desaceleração, a inflação mantém o cenário de política monetária restritiva.
Energia elétrica pesa no bolso
O grupo Habitação foi o principal responsável pela alta do índice, com impacto da energia elétrica residencial. A aplicação da bandeira vermelha patamar 1, somada a reajustes regionais, elevou o custo da conta de luz e contribuiu com 0,12 ponto percentual do IPCA. Sem esse efeito, o índice teria sido de apenas 0,15% em julho.
Alimentos aliviam pressão
Por outro lado, o grupo Alimentação e bebidas recuou pelo segundo mês consecutivo, registrando queda de –0,27%. Produtos como batata-inglesa, cebola e arroz tiveram redução significativa de preços e ajudaram a conter o avanço da inflação.
Outros destaques
- Vestuário: queda de –0,54%
- Comunicação: recuo de –0,09%
- Transportes: alta puxada por passagens aéreas (+19,9%)
- Combustíveis: queda de –0,64%
No acumulado de 2025, o IPCA já registra aumento de 3,26%.
Fonte: Brasil 61