Setor soma quase 2 mil estabelecimentos em 790 municípios; volume produzido alcança 15,34 bilhões de litros, com destaque para superávit de US$ 195 milhões nas exportações
A indústria cervejeira brasileira segue em expansão. Em 2025, o setor registrou aumento de 5,5% no número de estabelecimentos em comparação ao ano anterior. Hoje, o Brasil conta com 1.949 unidades distribuídas em 790 municípios, segundo dados divulgados na terça-feira (5) pelo Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), durante o lançamento do Anuário da Cerveja 2025.
A publicação, realizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), consolida os dados de 2024 e revela a resiliência do setor, que mesmo diante de desafios como as enchentes no Rio Grande do Sul e o cenário de desaceleração econômica global, produziu 15,34 bilhões de litros de cerveja, número praticamente estável em relação ao ano anterior (variação de 0,11%).
Exportações em alta
Um dos destaques do levantamento foi o avanço significativo nas exportações de cerveja, que bateram recorde. O Brasil exportou 332 milhões de litros, resultando em um superávit comercial histórico de US$ 195 milhões.
Crescimento da cerveja sem álcool
Outro dado que chama atenção no anuário é o crescimento expressivo da produção de cervejas sem álcool, que aumentou 536,9% entre 2023 e 2024. A tendência reflete mudanças nos hábitos de consumo e abre novas oportunidades de mercado.
Diversidade de marcas e produtos
A diversidade também marca a indústria nacional. São 55.015 marcas e 43.176 produtos registrados, evidenciando a ampla variedade oferecida ao consumidor e a capacidade de atender diferentes perfis de renda e realidades regionais.
Investimentos e impacto econômico
Desde 2020, a indústria cervejeira tem ampliado seus investimentos, que somam mais de R$ 17,5 bilhões. Os aportes, segundo o Sindicerv em parceria com a consultoria Euromonitor, têm foco em tecnologia, ampliação da capacidade produtiva e modernização das fábricas.
Além disso, o setor movimenta a economia em diversas frentes — desde a produção agrícola de insumos até áreas como turismo, logística e desenvolvimento tecnológico, gerando empregos e fortalecendo cadeias produtivas em todo o país.
Fonte: Brasil 61
