Presidente dos EUA comenta tarifaço sobre produtos brasileiros e critica governo do Brasil; sanções contra ministro Alexandre de Moraes também foram anunciadas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira (1º) que está disposto a dialogar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sempre que o líder brasileiro desejar. A afirmação foi feita durante entrevista a jornalistas em Washington, em meio à repercussão da imposição de tarifas comerciais de 50% sobre produtos brasileiros.
“Ele pode falar comigo quando quiser. Vamos ver o que acontece, mas eu amo o povo do Brasil”, afirmou Trump ao ser questionado sobre a possibilidade de reavaliar o tarifaço.
Crítica ao governo brasileiro
Na mesma ocasião, o presidente norte-americano foi novamente indagado sobre o peso das tarifas aplicadas ao Brasil — o maior aumento entre todos os parceiros comerciais dos EUA. Em resposta, Trump criticou a atual administração brasileira:
“As pessoas que estão comandando o Brasil fizeram a coisa errada”, disse o republicano, sem dar mais detalhes.
Essa foi a primeira declaração oficial de Trump desde que assinou, na quarta-feira (30), a ordem executiva que eleva drasticamente as tarifas sobre produtos brasileiros.
Sanção a Alexandre de Moraes agrava tensão diplomática
No mesmo dia da assinatura da ordem sobre as tarifas, o governo dos EUA também anunciou uma sanção contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, relator dos processos relacionados à tentativa de golpe de Estado no Brasil. Moraes é responsável por ações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros aliados acusados de conspirar contra o sistema democrático brasileiro.
A medida foi vista como um gesto simbólico de pressão política por parte da administração norte-americana, gerando críticas de juristas e autoridades brasileiras.
Resposta do governo brasileiro
Diante das ações dos Estados Unidos, o presidente Lula divulgou uma nota oficial, também na quarta-feira, em que defende a democracia e a soberania nacional diante do que classificou como “iniciativas hostis” contra a economia e o Judiciário brasileiros.
“O Brasil é uma nação soberana, com instituições sólidas e respeitadas. Não aceitaremos pressões externas que comprometam nossos interesses ou a integridade do nosso sistema de Justiça”, diz trecho da nota divulgada pelo Palácio do Planalto.
Fonte: Redação com informações da Agência Brasil