Mesmo com taxação dos EUA sobre a carne bovina brasileira, produção segue estável em Feira de Santana; preço da arroba caiu de R$ 290 para R$ 280
Mesmo diante das recentes medidas de taxação sobre a carne bovina brasileira pelos Estados Unidos, o Frifeira, frigorífico da Cooperfeira localizado no distrito de Humildes, em Feira de Santana, segue com o ritmo de produção inalterado. Segundo a cooperativa, o volume médio permanece entre 380 e 400 bois abatidos por dia, o que representa de 8.000 a 8.500 animais por mês.
“O volume se mantém estável. Até agora, não houve alteração significativa. Oscilações pontuais em um ou outro dia da semana são normais no nosso processo”, afirma Agenor Campos, diretor da Cooperfeira.
📉 Recuo no preço da arroba
A Cooperfeira também divulgou atualização nos preços da arroba do boi, com base nas transações feitas pelo próprio frigorífico. O valor, que na semana passada era de R$ 290,00, teve uma queda de 3,45% e passou a R$ 280,00 nesta semana.
Segundo Agenor, essa oscilação é esperada nesta época do mês:
“É comum que haja uma retração nos preços no fim do mês, quando o consumo de carne diminui porque o orçamento das famílias está mais apertado, à espera do próximo salário”, explica.
🌍 Efeitos da taxação dos EUA devem ser mais fortes em estados exportadores
O dirigente da cooperativa afirma que os impactos da nova taxação dos Estados Unidos, que representam cerca de 14% das exportações da carne bovina brasileira, devem atingir com mais força estados com perfil exportador, como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
“Se os grandes exportadores não conseguirem escoar sua produção para fora, esse excedente tende a ser direcionado ao mercado interno, o que pode impactar a cadeia local. Mas, por ora, seguimos com estabilidade no abate e atenção às movimentações do setor”, destaca Agenor.
Na Bahia, que não é polo exportador de carne bovina, os efeitos devem ser mais lentos e graduais.
A maior parte da carne brasileira exportada aos EUA é composta por cortes de segunda, usados em hambúrgueres e alimentos processados.
Fonte: Redação com informações de Marcílio Costa