Município é o único da região com aterro sanitário e sediará projeto piloto que pode eliminar até 180 lixões no estado
Feira de Santana vai liderar um passo importante rumo à destinação correta dos resíduos sólidos na Bahia. Único município da região com aterro sanitário regularizado — um dos apenas oito em funcionamento entre as 417 cidades baianas —, a cidade foi escolhida para sediar um projeto piloto que visa o encerramento humanizado dos lixões em todo o estado.
A proposta foi apresentada na tarde desta terça-feira (15), durante uma reunião na sede regional do Ministério Público, com a presença do prefeito José Ronaldo de Carvalho, prefeitos de cidades vizinhas e representantes de órgãos estaduais e federais.
Durante o evento, o prefeito destacou a relevância da estrutura implantada em Feira de Santana, que hoje também atende os municípios de São Gonçalo dos Campos, Amélia Rodrigues, Conceição do Jacuípe e Anguera. “Quando assumi pela primeira vez, existia apenas um lixão. A criação do aterro sanitário foi um dos grandes acertos da nossa gestão”, afirmou José Ronaldo.
O conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Nelson Pelegrino, anunciou que a iniciativa poderá encerrar entre 60 e 180 lixões em até seis meses, com o envolvimento dos demais aterros sanitários existentes na Bahia. “Feira será referência para o estado inteiro”, ressaltou.
A secretária estadual de Desenvolvimento Urbano, Jusmari Oliveira, reforçou a urgência do tema e defendeu a regionalização da destinação de resíduos. “Não dá mais para protelar. Os municípios precisam se adequar à legislação nacional que proíbe lixões e exige destinação ambientalmente correta”, disse.
Representantes do Ministério do Meio Ambiente, da Agersa, da Abrema e das secretarias municipais de Comunicação, Governo e Meio Ambiente também participaram do encontro. A partir desta reunião, os municípios da região serão convidados a aderir formalmente ao programa.
Feira de Santana, mais uma vez, se coloca na vanguarda da sustentabilidade no estado — agora, como símbolo da transformação ambiental na Bahia.
Fonte: Redação com informações da Secom