Presidente Masoud Pezeshkian declara cessar-fogo e fala em “vitória histórica”; Israel promete foco total na Faixa de Gaza
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, confirmou nesta terça-feira (24) o cessar-fogo e o fim da guerra contra Israel, 12 dias após o início das hostilidades. A declaração oficial foi divulgada pela mídia estatal iraniana e celebra o que o governo de Teerã classificou como uma “vitória histórica” diante dos ataques conjuntos dos Estados Unidos e de Israel.
“Hoje, depois da posição corajosa da sua grande e histórica nação, estamos a testemunhar um cessar-fogo e o fim da guerra de 12 dias que foi imposta à nação iraniana pelo aventureirismo criminoso do regime sionista”, declarou Pezeshkian. Ele afirmou ainda que “toda a glória por esta vitória pertence à grande e civilizada nação do Irã”.
O cessar-fogo foi mediado com apoio do Catar e anunciado na noite anterior pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo ele, o Irã aceitou oficialmente a trégua, seguida por Israel horas depois. Trump também classificou a resposta iraniana como “fraca” após o ataque com 14 mísseis contra uma base americana no Catar — dos quais 13 foram interceptados e um não atingiu o alvo. Nenhuma vítima foi registrada.
Apesar do acordo, as versões sobre o desfecho do conflito seguem sendo motivo de disputa política e diplomática. O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Israel, tenente-coronel Eyal Zamir, afirmou que uma “fase significativa” da guerra foi concluída, mas destacou que a “campanha contra o Irã ainda não terminou”. Segundo ele, o foco de Tel Aviv agora será a Faixa de Gaza, com o objetivo de resgatar reféns e enfraquecer o Hamas.
“O Irã deve saber que nossas Forças Armadas continuam preparadas. Apesar da conquista fenomenal, muitos desafios ainda estão por vir”, declarou Zamir em pronunciamento militar.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, havia afirmado no domingo (23) que a “nação iraniana não é uma nação que se rende”, sinalizando a intenção de manter firmeza mesmo após os ataques a instalações nucleares promovidos pelos EUA no sábado anterior (21).
Já o Comando Militar Conjunto do Irã declarou que tanto Israel quanto os Estados Unidos devem “aprender com os golpes esmagadores” sofridos durante a ofensiva iraniana — em alusão aos ataques contra alvos estratégicos em território israelense e à base aérea americana de Al-Udeid, no Catar.
O cenário ainda inspira cautela internacional, mas, pelo menos por ora, a escalada militar parece ter sido freada por meio da diplomacia. O mundo observa atentamente os próximos passos no Oriente Médio.
Fonte: Redação com informações das Agências Internacionais