O formato da Copa do Mundo de Clubes pode estar prestes a mudar. Diante do sucesso de público e repercussão nas redes sociais da edição atual, a Fifa estuda realizar o torneio a cada dois anos, em vez dos quatro anos previstos originalmente. A informação foi divulgada pelo jornalista André Rizek, do canal SporTV.
A próxima edição do Mundial de Clubes está prevista para 2029, mas o desempenho comercial da competição e o alto interesse de torcedores nas partidas podem antecipar mudanças no calendário. A ideia é transformar o torneio em um evento mais frequente e com maior protagonismo para os clubes.
Brasil quer ser sede do Mundial
O Brasil já manifestou oficialmente interesse em sediar o torneio, segundo informou o novo presidente da CBF, Samir Xaud. Em reunião com o presidente da Fifa, Gianni Infantino, realizada na última sexta-feira (20), nos Estados Unidos, Xaud colocou o país como candidato à sede do próximo Mundial de Clubes.
A proposta brasileira aposta na infraestrutura que será construída para a Copa do Mundo Feminina de 2027, sugerindo o reaproveitamento dos estádios e centros de treinamento para sediar o evento de clubes em 2029 ou antes, caso o ciclo bienal seja aprovado.
Fifa busca expandir presença entre clubes
O objetivo da Fifa com a possível mudança é ampliar seu alcance e influência no futebol de clubes, o que pode gerar tensão com entidades como a UEFA (Europa) e a Conmebol (América do Sul), que já controlam calendários apertados e competições internacionais relevantes.
O principal entrave para a implementação do novo formato seria a disponibilidade no calendário europeu, que compreende a temporada de julho a maio. A agenda dos grandes clubes, especialmente na Europa, é considerada um dos maiores obstáculos para a adoção da frequência bienal.
“A grande procura por jogos com clubes globais está fazendo a Fifa repensar a periodicidade do torneio”, afirmou Rizek.
Mundial 2025 movimenta bilhões e tem clubes brasileiros em destaque
A edição atual do Mundial de Clubes 2025 está sendo disputada nos Estados Unidos, com a participação de 32 equipes, incluindo quatro brasileiras: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras.
Além do prestígio esportivo, o torneio tem um forte apelo financeiro. A premiação total ultrapassa US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,5 bilhões), distribuída entre os clubes com base em vitórias, classificações e conquista do título. O campeão do Mundial leva US$ 40 milhões (cerca de R$ 220 milhões).
Redação