Monitoramento avançado nos bairros Parque Ipê e Papagaio ajuda a prevenir proliferação do mosquito da dengue
A Prefeitura de Feira de Santana, por meio da Divisão de Controle Epidemiológico, está reforçando as ações de vigilância contra o Aedes aegypti nos bairros Parque Ipê e Papagaio, onde o Índice de Infestação Predial (IIP) ultrapassou o limite de 1% estabelecido pelo Ministério da Saúde.
Nesta segunda-feira (2), agentes de endemias voltaram aos imóveis onde haviam sido instaladas as ovitrampas — armadilhas que simulam um ambiente ideal para a fêmea do mosquito depositar seus ovos. As paletas de madeira foram substituídas para dar continuidade à análise comparativa da presença do vetor nas áreas monitoradas.
“O objetivo do estudo é identificar se a fêmea do Aedes está circulando naquela região. A partir da quantidade de ovos recolhidos em duas coletas distintas, conseguimos entender se houve permanência ou redução da infestação. Isso nos ajuda a planejar as próximas ações de controle com maior precisão”, explicou a coordenadora do Centro de Controle de Endemias, Priscila Soares.
As ovitrampas utilizam um recipiente com água, levedura de cerveja e uma palheta de madeira. A combinação atrai as fêmeas do mosquito, que depositam os ovos no local, permitindo um diagnóstico detalhado sobre o nível de infestação em cada área.
Casos em queda, mas atenção segue redobrada
Apesar da queda significativa no número de casos de dengue em 2025, a Prefeitura mantém o monitoramento constante. Até o dia 22 de maio, foram registradas 955 notificações, com 123 casos confirmados — sendo 24 com sinais de alarme e um com evolução para óbito.
O cenário atual é bem mais favorável do que o registrado no mesmo período do ano passado. Em 2024, foram contabilizadas 13.746 notificações, com 5.750 confirmações, 849 com sinais de alarme e 21 casos graves.
Mesmo diante da redução, o trabalho das equipes de saúde continua intenso. “O combate ao mosquito é contínuo e essencialmente preventivo. A população pode até não perceber um aumento nos casos, mas isso é justamente resultado desse trabalho silencioso que mantemos em campo”, destacou Verena Leal, chefe da Divisão de Controle Epidemiológico.
A Prefeitura reforça ainda a importância da participação da população na luta contra o Aedes aegypti, evitando acúmulo de água parada e denunciando possíveis focos do mosquito às autoridades de saúde.
Fonte: Redação com informações da Secom