A Caixa Econômica Federal anunciou uma nova linha de crédito que promete transformar o cenário da habitação popular no Brasil. A iniciativa permitirá que construtoras financiem até 100% do custo total de empreendimentos residenciais, incluindo a aquisição do terreno e os custos da obra — algo inédito no setor.
Voltada exclusivamente para unidades habitacionais com valor de venda de até R$ 350 mil, a linha será operada com recursos próprios da Caixa e faz parte do Programa de Apoio à Produção, uma das frentes voltadas à dinamização do crédito imobiliário no país.
Expectativa é liberar R$ 5,8 bilhões em 2025
Segundo a instituição financeira, a projeção é liberar aproximadamente R$ 5,8 bilhões em financiamentos ainda em 2025, fomentando a construção civil e impulsionando o acesso à moradia. A medida atende, principalmente, construtoras que atuam no segmento de habitação de interesse social.
Para ter acesso à linha, as empresas devem apresentar seus projetos nas agências de relacionamento da Caixa. Os empreendimentos passarão por análise rigorosa, que inclui avaliação da viabilidade econômico-financeira, do modelo de negócios e do cumprimento das exigências legais.
Liderança absoluta no crédito habitacional
Com 67,2% de participação no mercado de crédito habitacional, a Caixa segue como o principal agente financiador do setor no Brasil. O banco também é protagonista no programa Minha Casa, Minha Vida, onde concentra 99% do volume de financiamentos.
Em 2024, a Caixa liberou mais de R$ 223,6 bilhões em crédito imobiliário, gerando cerca de 1,9 milhão de empregos diretos e indiretos na construção civil — um dado que evidencia a importância estratégica do setor para a economia nacional.
Impacto no mercado e oportunidades para o setor da construção
A nova linha de crédito é vista por especialistas como um impulso importante para o mercado imobiliário de baixa renda. Ao reduzir a necessidade de capital próprio das construtoras e viabilizar projetos de maior escala, a medida deve acelerar a oferta de moradias acessíveis e estimular o crescimento sustentável do setor.
Redação com informações da Agência Brasil