Com brilho de Desiré Doué, franceses aplicam maior goleada das finais e levantam a tão sonhada “orelhuda”
O Paris Saint-Germain, enfim, alcançou o topo da Europa — e o fez em grande estilo. Em uma noite histórica na Allianz Arena, em Munique, o clube francês goleou a Inter de Milão por 5 a 0, neste sábado (31), e conquistou sua primeira Liga dos Campeões da UEFA. Foi a maior goleada da história das finais da Champions, e o jovem Desiré Doué, de apenas 19 anos, foi o nome do jogo, com dois gols e uma assistência.
Depois de anos acumulando frustrações mesmo com elencos estrelados por Messi, Neymar e Mbappé, o PSG finalmente subiu no lugar mais alto do pódio europeu com uma nova geração. E foi Doué quem brilhou. O garoto abriu o caminho ao cruzar na medida para Hakimi fazer 1 a 0. Depois, marcou o segundo, ainda no primeiro tempo, e voltou a balançar a rede no início da etapa final, antes de sair ovacionado. Kvaratskhelia e Mayulu fecharam a conta.
O herói improvável
Contratado no início da temporada, Desiré Doué escreveu seu nome na história do PSG com uma atuação impecável. Ele mostrou maturidade de veterano e ousadia de garoto ao decidir o jogo mais importante da história do clube. Aos 19 anos, se tornou símbolo da virada de chave parisiense: menos estrelismo, mais entrega.
Aos 7 minutos, foi dele o cruzamento milimétrico para Hakimi abrir o placar. Aos 19, apareceu bem posicionado para ampliar. No segundo tempo, aos 17 minutos, marcou o terceiro do PSG e o segundo dele na partida. Tirou a camisa, vibrou como gente grande e, logo depois, foi substituído para ser aplaudido de pé.
Luis Enrique: a mente por trás da glória
A conquista também tem assinatura do técnico Luis Enrique, campeão europeu com o Barcelona em 2015 e agora vitorioso em sua segunda temporada à frente do Paris. Ele montou uma equipe sem astros midiáticos, mas extremamente coletiva, fiel à posse de bola e à pressão alta — conceitos que dominaram a final do início ao fim.
Emocionado após o apito final, o treinador dedicou o título à filha Xana, falecida em 2019, aos nove anos, vítima de câncer ósseo. Foi um momento comovente de um comandante que soube reinventar um gigante europeu.
Marquinhos entra para a história como capitão
O zagueiro Marquinhos, um dos poucos remanescentes do vice-campeonato de 2020, protagonizou outro momento marcante: foi ele quem ergueu a “orelhuda” como capitão. Com isso, entrou para o seleto grupo de brasileiros que levantaram o troféu da Champions, juntando-se a nomes como Marcelo, pelo Real Madrid.
Atropelo histórico: os 90 minutos de domínio total
O PSG não deu chance para a Inter sonhar. Logo aos 10 minutos, Hakimi abriu o placar. Nove minutos depois, Doué fez o segundo. O time francês levou essa vantagem para o intervalo e voltou ainda mais dominante.
No segundo tempo, Doué marcou o terceiro aos 17 minutos, Kvaratskhelia fez o quarto aos 27, e Mayulu fechou a goleada aos 40 minutos. O PSG teve 59% de posse de bola, finalizou 23 vezes contra 8 da Inter e criou oito grandes chances contra apenas uma dos italianos. Um massacre do início ao fim.
Fonte: Redação com informações G1