Setor agrícola dispara com avanço de 12,2% entre janeiro e março, segundo dados do IBGE
A economia brasileira começou o ano em alta. O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com os três últimos meses de 2024. O desempenho foi impulsionado principalmente pelo forte avanço da agropecuária, que registrou um crescimento expressivo de 12,2% no período.
Os dados foram divulgados na última sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, o PIB do país somou R$ 3 trilhões entre janeiro e março deste ano, considerando a série com ajuste sazonal.
Entre os setores da economia, os serviços apresentaram crescimento tímido, de 0,3%, enquanto a indústria recuou 0,1%, puxada principalmente pela queda de 1% nas indústrias de transformação e de 0,8% na construção civil. Em contrapartida, as indústrias extrativas e o setor de eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos avançaram 2,1% e 1,5%, respectivamente.
Na área de serviços, o destaque foi para informação e comunicação, que teve alta de 3% no trimestre. Outro indicador positivo veio do consumo das famílias, que subiu 1%, influenciado pelo aumento da massa salarial real e maior disponibilidade de crédito, mesmo com os juros ainda elevados. Já a formação bruta de capital fixo, que mede os investimentos produtivos, cresceu 3,1%.
No comércio exterior, houve avanço nas exportações (2,9%) e também nas importações (5,9%) de bens e serviços em comparação com o quarto trimestre do ano passado.
Na comparação anual, com o primeiro trimestre de 2024, o PIB cresceu 2,9%, com a agropecuária liderando novamente com alta de 10,2%. O bom desempenho do setor foi impulsionado por uma safra robusta e alta produtividade, com destaque para produtos como soja (13,3%), milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%).
A indústria também avançou 2,4% na comparação anual, com crescimento expressivo na construção (3,4%) — a sexta alta consecutiva — e na indústria de transformação (2,8%), impulsionada por segmentos como máquinas e equipamentos, metalurgia, produtos químicos e farmacêuticos.
O setor de serviços teve crescimento de 2,1% em relação ao mesmo período de 2024, com todas as atividades registrando desempenho positivo. Já o consumo das famílias cresceu 2,6%, enquanto os gastos do governo aumentaram 1,1%.
Com esse resultado, o país mostra sinais de resiliência e mantém o ritmo de crescimento moderado, mesmo diante de desafios internos e externos.
Fonte: Redação com informações Brasil 61